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Yes We Can(ada)

Yes We Can(ada)

Carta de Condução... a história prometida!

Quando chegámos ao Canadá, percebemos que uma burocracia da qual teríamos que tratar era a carta de condução. Tínhamos 2 meses para trocar a nossa carta pela Canadiana, pois não existe acordo entre Portugal e Canadá nesta matéria.

Informamo-nos, e tudo parecia relativamente fácil.

 

No Canadá as cartas de condução têm 3 níveis: G1, G2 e G (não nos perguntem o porquê da ordem sem ordem, pois também não sabemos), em que no G1 apenas se pode conduzir acompanhado de alguém que já tenha a carta G há mais de 4 anos, e que é atribuída logo após a conclusão com sucesso do teste de código, a G2 é atribuída após a conclusão com sucesso de um teste básico de estrada, e a G após a conclusão com sucesso de um teste de estrada e auto-estrada.

Entre a carta G1 e a G2 existe um período de espera de mais de um ano, mas uma vez que conseguimos comprovar a nossa experiência de mais de 10 anos com carta de condução em Portugal, os prazos foram abolidos, e pudemos logo numa primeira fase passar do G1 para o G, e assim começou o pesadelo.

 

Em Agosto fomos fazer o exame de código sem ler uma linha... reprovámos na parte das regras e foi bem feita, porque já tínhamos visto que haviam umas quantas bem diferentes, mas achamos que sabíamos aquilo tudo. Estudamos uma semana, voltamos, e lá passamos a 18-08-2016.

Logo de seguida, inscrevemo-nos no exame de condução em estrada e auto-estrada a que tínhamos direito, fomos fazer o mesmo no dia 15-09-2016, e reprovamos os dois. O que fizemos de errado??? Até hoje não sabemos, ninguém nos soube dizer, e o que diz no papel é que cometemos “demasiados erros”. Quais erros??? Coisas como não olhar de 10 em 10 segundos para os espelhos, sim de 10 em 10 segundos. Temos 30 pontos a falhar e cada vez que não olhamos para os espelhos perdemos um... fácil reprovar em 5 minutinhos...

O exame é uma verdadeira prova de ginástica acrobática, em que nos vão atribuindo pontos ao longo do exame: se olhamos de 10 em 10 segundos para os espelhos, se entramos na estrada à velocidade máxima, sim máxima, se andamos com a cabeça à roda em cada cruzamento, se fazemos piruetas enquanto trocamos de faixa, etc.

Podem ver os dois tipos de exame de seguida:

 

 G

 

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G2

 

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Ficamos revoltados, fizemos uma reclamação formal à responsável pelo centro de testes, que não nos soube dizer porque reprovamos objectivamente, continuando a insistir nos erros!?! Quando solicitamos que nos mostrasse no código da estrada onde referia cada um dos pontos que nos apontavam, ficou calada e ignorou-nos...

Começamos então a perceber que estávamos dentro de um esquema e que ainda nos íamos chatear muito...

 

Lá tivemos de voltar ao G2 e marcar teste de estrada, para depois passar novamente ao G, de estrada e auto-estrada.

No dia do novo exame, apenas a Liliana conseguiu comparecer e, mais uma vez, cometeu demasiados erros...

A Liliana disse que nunca mais punha la os pés... e não pôs. Mudamos de cidade, de centro de teste, de tudo!!

Fomos fazer os dois o teste G2 (que diga-se de passagem é um exame básico, básico, básico) a outra cidade, a 50 km de London (Woodstock), com um examinador que percebeu logo que tínhamos mais do que experiência, fez o percurso que tinha a fazer por regra, e lá passamos os dois sem qualquer questão.

Aqui ainda tivemos uma situação caricata: como não era suposto andarmos a conduzir sem estarmos acompanhados por alguém com carta há mais de quatro anos, a senhora que deu início ao processo não nos disse onde era o local para estacionar, pois estávamos a cometer uma ilegalidade.ahahhahahahahahhaha

 

Com o exame G2 ultrapassado, marcamos o G o mais breve possível, e na primeira cidade que nos apareceu: Sarnia, a 100Km de London. Aqui encontramos novamente uma pessoa que percebeu a nossa experiência, não fez qualquer comentário e lá passamos sem problemas!

Com tudo isto entendemos que, apesar de serem todos privados, existem dois tipos de centros de exame: os que vivem das reprovações, como o de London, onde os examinadores têm como missão manter o rácio dos "chumbos" e os outros, como os de Woodstock e Sarnia, que se limitam a avaliar se os examinados sabem conduzir e respeitam as regras de trânsito.

 

Mas enfim, após 4 meses e 11 exames realizados estamos finalmente habilitados a conduzir, tendo documentos válidos até 2021... não havemos de lá voltar!!!!

 

 

 

O nosso Halloween!!!!! ihihihihihihihihihih

 

O nosso Halloween começou no domingo, em que fomos em busca de abóboras pela quinta.

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Chegámos a uma quinta enorme, onde além de abóboras havia também uma plantação de frutos silvestres. Pagámos 10$ por 4 pessoas e aguardámos que chegasse o trator, que nos transportou até ao local da colheita laranja.

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Estava um frio medonhoooooooooooo, e o trator não tinha aquecimento!

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Cada um agarrou na abóbora mais linda que encontrou e voltou ao ponto de partida, para pagar 1,5$ por cada uma e seguir viagem!

 

 

 

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À saída da Quinta, demos de caras com umas deliciosas tartes de framboesa acabadas de cozer, às quais não resistimos...

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Em casa, chegou a altura de arregaçar as mangas e decorar a abóbora da forma que mais gostávamos. Tínhamos os utensílios apropriados e também moldes para o desenho... mesmo assim, conseguimos fazer belas obras de arte ahahahahahah

 

 

 

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Na noite de Halloween, os nossos amigos (fomos para casa deles, porque nos apartamentos os doces são dispostos na sala de condomínio, onde as crianças os vão buscar, logo, não tem piada nenhuma...) carregaram a entrada com caixas de doces e batatas fritas, e cada vez que chegava um amiguinho, tocava a campainha para receber a parte que lhe cabia... alguns, já muito bem ensinados, diziam ah e tal não gosto desses, quero antes daqueles e o raio... crianças! 

As pessoas decoram os jardins com as abóboras, mas também fantasmas, caveiras, sepulturas, aranhas e muito mais, para que as crianças saibam que ali há doces... casas sem decoração, nem vale a pena tentar! ahahahahahahahah

É engraçado e este ano tivemos muita sorte pois, apesar do frio, não chovia torrencialmente, nem havia neve pelos joelhos, como costuma ser tradição!

Pensando no assunto friamente, se achávamos piada deixar os nossos filhos comerem coisas oferecidas por estranhos... naaaaaaaaaaaaaaaa... eles chegavam a casa e nós trocávamos os sacos! ehehehehehheheheh